sábado, 28 de maio de 2011

Pegando gancho...


Pegando o gancho do texto anterior, proponho uma reflexão a respeito do vídeo que tem circulado na internet, onde a professora Amanda Gurgel o Rio Grande do norte expõe toda a realidade da educação em nosso País. É essencial   a valorização dos profissionais da educação, tendo em vista a impossibilidade atual de um modelo educacional que não o modelo burguês institucional . A emergência  de profissionais críticos como Amanda Gurgel que possibilitarão a formação de classes  que lutem pelo avanço do no Brasil.  Já é hora de nos conscientizarmos da situação  de massa  em que  o país se encontra, temos sido dirigidos por oportunistas, totalmente despreparados e/ou antiéticos que sem o menor  ressentimento nos atravancam o progresso.  Mas parafraseando as palavras do Professor Ednilton : Enquanto Houver uma pessoa que ao invés de ligar a televisão,  abra um livro , temos esperança.  

TEXTO: MIGUEL ANGELO LEBRE


Inolerência?

     Às Vezes sou criticado por alguns, por uma certa intolerância quanto alguns produtos da indústria cultural. Dizem que devo ser mais flexível, menos preconceituoso em geral com a música, com o  cinema e com a mídia impressa de comunicação para a massa. A grande questão é que realmente nos últimos anos venho sendo cada vez menos tolerante com esse tipo de “mercadoria” , mas de forma alguma sou preconceituoso! A análise em um caso como este deve ser totalmente racional,  objetiva e amparada em certo  conhecimento prévio do assunto. Certamente muitos de vocês conhecem alguém que deixou de lado o sonho de prestar vestibular pra música, artes cênicas, letras, filosofia, etc... pois é! Eis as vítimas dessa cultura de massa! É fundamental ao ouvir QUALQUER música tocada ao meio dia na Jovem Pan nos lembrarmos desses nossos amigos que tiveram seus talentos sufocados em prol da coisificação da arte! Do movimento considerado “natural” em nossa sociedade de transformar tudo em mercadoria, e mercadoria de baixíssima qualidade. Sem desconsiderar os que foram além! Os que não cederam ao sistema (como eu) e tiveram coragem pra seguir qualquer carreira na área artística e tem seus lugares tomados por uma grande leva de Samples escolhidos de acordo com a sua simplicidade ou facilidade de assimilação pelo grande público. Isso não é uma desgraça exclusiva da música, a mesma reflexão deve ser feita toda vez que uma Geisy Arruda for apresentada como estilista, um Kleber Bambam for apresentado como ator.... A grande questão adaptativa de nossa existência enquanto indivíduos (não como membros da massa) é saber quando devemos ou não resistir a essa ideologia da racionalidade tecnológica - Adorno e Horkheimer (1985).


TEXTO: MIGUEL ANGELO LEBRE

terça-feira, 24 de maio de 2011

Sandy no Divã


   Em entrevista para Folha.com, Sandy em um dos momentos falou a respeito de sua imagem na sociedade:

"Faço análise há dez anos. Hoje me sinto realizada, com uma estabilidade na vida profissional, financeira, emocional que é muito rara de ser conquistada aos 28 anos de idade.

Uma questão recorrente que levo à análise é sobre como as pessoas me veem. É bem discrepante o que enxergam em mim e o que é verdadeiro. É quase um preconceito."


   Em outro momento da entrevista ela fala a respeito da propaganda que vez para a cerveja "Devassa", ela conta:

"Cerveja realmente não é minha bebida preferida. O que não gosto na cerveja é do gosto amargo. Eu gosto de bebida doce, vinho etc. Mas isso não tem problema. Ou todo mundo acha que a Xuxa usa Monange e que o Luciano Huck e a Angélica usam Niely Gold?"

     A imagem que a sociedade brasileira vez de Sandy (que muitas vezes quando é lembrada, lembra-se de seu irmão) se tornou tão solida ao ponto de ser indissolúvel. Como pode um indivíduo ter que viver duas vidas: a que é dele e a que são dos outros? Como lidar com a impressão e a sensação de que todos conhecem você e ao mesmo tempo quase ninguém sabe quem você realmente é.
     Constante mentira que se torna verdade e torna a vida privada de uma pessoa uma pseudo realidade publica. O que leva o povo a dar credito a isso tudo? Educação? Cultura? Governo? Religião? O próprio homem?


TEXTO: Vinicius lopes


sexta-feira, 13 de maio de 2011

bralds_marx-s-2.jpg  Considerando o ponto de vista dialético de Marx, começamos a entender que o conceito de História tem sido empregado erroneamente na sociedade ocidental moderna. Para Marx a construção social da história se dá no momento em que o ser humano produz algo novo no momento em que contribui ativamente para sociedade, e de forma que essa contribuição seja positiva para a sociedade. Podemos exemplificar tal ato utilizando como parâmetro Hegel, o próprio fundamentador teórico de Marx, ou até mesmo o próprio Marx ao escrever sua principal obra “O Capital”. 
  Para compreensão do objeto proposto necessitamos nos lembrar da essência do homem social, desde o momento em que abrimos mão de uma vida puramente instintiva, e passamos a nos comunicar e designar tarefas, abrindo mão de nossos instintos imediatos (como correr atrás da caça),passamos a viver de uma nova forma, tendo por essência a cooperatividade. E desse ponto em diante começamos a  viver (e formar) o zeitgeist que culminaria na sociedade atual. Todo o processo de mudança, socialmente construído nesse meio termo, pode ser considerado história, do ponto de vista dialético. Entretanto para a compreensão do desdobramento da leitura presente é necessária a apresentação de outro conceito fundamental, o conceito de Alienação.
  Alienação (Marx 1844) é um processo onde o sujeito permanece alheio a sua própria condição, construída em forma de rede que constitui e é constituída pelo próprio individuo, logo, construída historicamente. O ser alienado acaba por não perceber sua essência social, desacreditando desta maneira na possibilidade de mudança por seu próprio esforço, e logicamente não age a fim de mudar essa realidade.
  A configuração social capitalista é essencialmente alienada, considerando que toda e qualquer mercadoria neste sistema, imediatamente após ser produzida torna-se totalmente alheia ao seu produtor, diferindo-se do sistema mercantilista, onde apesar de ser atribuído um valor de troca, o processo artesanal de produção possibilitava não só um domínio total da  produção ( pelo próprio artesão),mas também o reconhecimento do trabalho do artesão em sua própria mercadoria. Logo, "A atividade produtiva é, portanto, a fonte da consciência, e a ‘consciência alienada’ é o reflexo da atividade alienada ou da alienação da atividade, isto é, da auto alienação "A atividade produtiva é, portanto, a fonte da consciência, e a ‘consciência alienada’ é o reflexo da atividade alienada ou da alienação da atividade, isto é, da auto-alienação do trabalho." Mészaros (1981, p.76). do trabalho." Mészaros (1981, p.76).

TEXTO: MIGUEL LEBRE FILHO