sábado, 28 de maio de 2011

Inolerência?

     Às Vezes sou criticado por alguns, por uma certa intolerância quanto alguns produtos da indústria cultural. Dizem que devo ser mais flexível, menos preconceituoso em geral com a música, com o  cinema e com a mídia impressa de comunicação para a massa. A grande questão é que realmente nos últimos anos venho sendo cada vez menos tolerante com esse tipo de “mercadoria” , mas de forma alguma sou preconceituoso! A análise em um caso como este deve ser totalmente racional,  objetiva e amparada em certo  conhecimento prévio do assunto. Certamente muitos de vocês conhecem alguém que deixou de lado o sonho de prestar vestibular pra música, artes cênicas, letras, filosofia, etc... pois é! Eis as vítimas dessa cultura de massa! É fundamental ao ouvir QUALQUER música tocada ao meio dia na Jovem Pan nos lembrarmos desses nossos amigos que tiveram seus talentos sufocados em prol da coisificação da arte! Do movimento considerado “natural” em nossa sociedade de transformar tudo em mercadoria, e mercadoria de baixíssima qualidade. Sem desconsiderar os que foram além! Os que não cederam ao sistema (como eu) e tiveram coragem pra seguir qualquer carreira na área artística e tem seus lugares tomados por uma grande leva de Samples escolhidos de acordo com a sua simplicidade ou facilidade de assimilação pelo grande público. Isso não é uma desgraça exclusiva da música, a mesma reflexão deve ser feita toda vez que uma Geisy Arruda for apresentada como estilista, um Kleber Bambam for apresentado como ator.... A grande questão adaptativa de nossa existência enquanto indivíduos (não como membros da massa) é saber quando devemos ou não resistir a essa ideologia da racionalidade tecnológica - Adorno e Horkheimer (1985).


TEXTO: MIGUEL ANGELO LEBRE

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