sexta-feira, 13 de maio de 2011

bralds_marx-s-2.jpg  Considerando o ponto de vista dialético de Marx, começamos a entender que o conceito de História tem sido empregado erroneamente na sociedade ocidental moderna. Para Marx a construção social da história se dá no momento em que o ser humano produz algo novo no momento em que contribui ativamente para sociedade, e de forma que essa contribuição seja positiva para a sociedade. Podemos exemplificar tal ato utilizando como parâmetro Hegel, o próprio fundamentador teórico de Marx, ou até mesmo o próprio Marx ao escrever sua principal obra “O Capital”. 
  Para compreensão do objeto proposto necessitamos nos lembrar da essência do homem social, desde o momento em que abrimos mão de uma vida puramente instintiva, e passamos a nos comunicar e designar tarefas, abrindo mão de nossos instintos imediatos (como correr atrás da caça),passamos a viver de uma nova forma, tendo por essência a cooperatividade. E desse ponto em diante começamos a  viver (e formar) o zeitgeist que culminaria na sociedade atual. Todo o processo de mudança, socialmente construído nesse meio termo, pode ser considerado história, do ponto de vista dialético. Entretanto para a compreensão do desdobramento da leitura presente é necessária a apresentação de outro conceito fundamental, o conceito de Alienação.
  Alienação (Marx 1844) é um processo onde o sujeito permanece alheio a sua própria condição, construída em forma de rede que constitui e é constituída pelo próprio individuo, logo, construída historicamente. O ser alienado acaba por não perceber sua essência social, desacreditando desta maneira na possibilidade de mudança por seu próprio esforço, e logicamente não age a fim de mudar essa realidade.
  A configuração social capitalista é essencialmente alienada, considerando que toda e qualquer mercadoria neste sistema, imediatamente após ser produzida torna-se totalmente alheia ao seu produtor, diferindo-se do sistema mercantilista, onde apesar de ser atribuído um valor de troca, o processo artesanal de produção possibilitava não só um domínio total da  produção ( pelo próprio artesão),mas também o reconhecimento do trabalho do artesão em sua própria mercadoria. Logo, "A atividade produtiva é, portanto, a fonte da consciência, e a ‘consciência alienada’ é o reflexo da atividade alienada ou da alienação da atividade, isto é, da auto alienação "A atividade produtiva é, portanto, a fonte da consciência, e a ‘consciência alienada’ é o reflexo da atividade alienada ou da alienação da atividade, isto é, da auto-alienação do trabalho." Mészaros (1981, p.76). do trabalho." Mészaros (1981, p.76).

TEXTO: MIGUEL LEBRE FILHO

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